Dos músicos portugueses que já tiveram a oportunidade de pisar os palcos do South by Southwest, o David Fonseca é aquele que ao longo dos últimos anos maior número de vezes o concretizou, com três presenças consecutivas. Quisemos conhecer a sua opinião e o David enviou-nos alguns comentários que permitem perceber melhor a forma como viveu mais esta presença em Austin, e como decorreu a edição de 2009 do festival.
O showcase deste ano realizou-se no bar do Stephen F's Hotel e de uma forma genérica “Correu muito bem e foi muito divertido. Tocar num formato mais reduzido é sempre um desafio muito grande e foi muito positivo do ponto de vista artístico“, referiu quanto à sua actuação, que contou com a participação da Rita Redshoes em parte das músicas que apresentou.
O contacto com a indústria musical e com os média de diversos países é outro dos aliciantes do SXSW. “Conseguimos estabelecer vários contactos com a indústria e todos os dias do festival foram pródigos na divulgação deste projecto”.
Para um repetente num evento com características tão particulares, uma das perguntas óbvias passa pela comparação com as outras edições em que participou, sendo que “é a 3ª vez que participo neste festival e pareceu tudo dentro do seu habitual... uma grande festa rock, um local incrível para conhecer pessoas e nova música e estabelecer contactos com outras indústrias”. Como que para espicaçar a curiosidade dos que apenas à distância acompanham o SXSW, remata dizendo “O espírito do festival esteve bem vivo e é difícil explicá-lo a quem não esteve presente...”.
De entre as milhentas actuações que se realizaram entre 18 e 22 de Março, e dos concertos a que conseguiu assistir, destacaram-se alguns mais do que outros. “Vi algumas bandas que gostei imenso... o Richard Swift foi uma das actuações que mais gostei, é um dos músicos que mais admiro ao vivo e espero que venha a Portugal brevemente! Gostei também de ver a Laura Marling (um dos discos que mais ouvi no ano passado), os Fanfarlo, a St. Vincent e a PJ Harvey...”, sendo que a referência ao concerto no Stubbs em que John Parish acompanhou PJ Harvey, se tornou uma referência incontornável aos que tiveram a oportunidade de assistir.
A influência que os diferentes músicos que viu actuar podem ter sobre a música que faz, possivelmente não se irá sobrepor ao impacto que o ambiente que se vive à volta da 6th Street provoca nos que por lá passaram. “É provável que me possam influenciar musicalmente (N.R. os concertos a que assisti), embora as influências não funcionem de forma tão directa. Acho que é mais fácil ser influenciado pelo espírito do festival e pela festa sistemática daqueles loucos 4 dias”, são palavras que reforçam o que já antes havia referido.
Carecendo a participação no SXSW de um investimento considerável, obrigando muitos dos músicos a não se poderem fazer acompanhar dos meios que desejariam ou das respectivas bandas, faria sentido um conjunto de artistas encararem a sua participação de forma coordenada para conseguirem um maior destaque, melhores meios e até alguns apoios financeiros? “Teria toda a lógica, embora a maior parte das bandas de outros países o façam com recurso a apoio estatal ou privado. Talvez esteja na altura do estado português colaborar numa iniciativa que tem levado a música portuguesa a outros públicos e indústrias, quem sabe se para o ano isso seja uma realidade e tenhamos um dia português no SXSW?”.
Quanto a repetir a participação no SXSW, após 3 anos consecutivos de viagem ao Texas, a vontade parece continuar, independentemente de ir mantendo a atenção a outros eventos. “Acho que é sempre uma mais valia participar em eventos deste género, logo se vê como é a agenda para o ano que vem. E há muitos outros festivais dignos de nota em que vale a pena apostar.”
Obrigado David.
O showcase deste ano realizou-se no bar do Stephen F's Hotel e de uma forma genérica “Correu muito bem e foi muito divertido. Tocar num formato mais reduzido é sempre um desafio muito grande e foi muito positivo do ponto de vista artístico“, referiu quanto à sua actuação, que contou com a participação da Rita Redshoes em parte das músicas que apresentou.
O contacto com a indústria musical e com os média de diversos países é outro dos aliciantes do SXSW. “Conseguimos estabelecer vários contactos com a indústria e todos os dias do festival foram pródigos na divulgação deste projecto”.
Para um repetente num evento com características tão particulares, uma das perguntas óbvias passa pela comparação com as outras edições em que participou, sendo que “é a 3ª vez que participo neste festival e pareceu tudo dentro do seu habitual... uma grande festa rock, um local incrível para conhecer pessoas e nova música e estabelecer contactos com outras indústrias”. Como que para espicaçar a curiosidade dos que apenas à distância acompanham o SXSW, remata dizendo “O espírito do festival esteve bem vivo e é difícil explicá-lo a quem não esteve presente...”.
De entre as milhentas actuações que se realizaram entre 18 e 22 de Março, e dos concertos a que conseguiu assistir, destacaram-se alguns mais do que outros. “Vi algumas bandas que gostei imenso... o Richard Swift foi uma das actuações que mais gostei, é um dos músicos que mais admiro ao vivo e espero que venha a Portugal brevemente! Gostei também de ver a Laura Marling (um dos discos que mais ouvi no ano passado), os Fanfarlo, a St. Vincent e a PJ Harvey...”, sendo que a referência ao concerto no Stubbs em que John Parish acompanhou PJ Harvey, se tornou uma referência incontornável aos que tiveram a oportunidade de assistir.
A influência que os diferentes músicos que viu actuar podem ter sobre a música que faz, possivelmente não se irá sobrepor ao impacto que o ambiente que se vive à volta da 6th Street provoca nos que por lá passaram. “É provável que me possam influenciar musicalmente (N.R. os concertos a que assisti), embora as influências não funcionem de forma tão directa. Acho que é mais fácil ser influenciado pelo espírito do festival e pela festa sistemática daqueles loucos 4 dias”, são palavras que reforçam o que já antes havia referido.
Carecendo a participação no SXSW de um investimento considerável, obrigando muitos dos músicos a não se poderem fazer acompanhar dos meios que desejariam ou das respectivas bandas, faria sentido um conjunto de artistas encararem a sua participação de forma coordenada para conseguirem um maior destaque, melhores meios e até alguns apoios financeiros? “Teria toda a lógica, embora a maior parte das bandas de outros países o façam com recurso a apoio estatal ou privado. Talvez esteja na altura do estado português colaborar numa iniciativa que tem levado a música portuguesa a outros públicos e indústrias, quem sabe se para o ano isso seja uma realidade e tenhamos um dia português no SXSW?”.
Quanto a repetir a participação no SXSW, após 3 anos consecutivos de viagem ao Texas, a vontade parece continuar, independentemente de ir mantendo a atenção a outros eventos. “Acho que é sempre uma mais valia participar em eventos deste género, logo se vê como é a agenda para o ano que vem. E há muitos outros festivais dignos de nota em que vale a pena apostar.”
Obrigado David.
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